O vacilo do Google

É. Demorou mas aconteceu. Ninguém é perfeito o tempo todo. Todo modelo caduca. O desafio é a transição pós inovação.

Do nada, apenas da lacuna deixada pela Google e do feeling de um jovem estudante de Harvard, nasceu o Facebook. Uma empresa que hoje, aos 6 anos de idade, com um volume de usuários acima dos 500 milhões, vale mais de U$ 50 Bi. Isto é, nem se quisesse muito o Google poderia comprá-la.

O Facebook concorre diretamente com o Google no quesito media. O Facebook não vai ter a busca que o Google tem (e que todo mundo usa), mas é o lugar aonde as pessoas navegam. Até ontem, esse lugar era o Google. Provavelmente a busca do Google vai para dentro do Face.

E o pior é que o Orkut é mais antigo que o Facebook! O Orkut foi criado pelo menos uns dois anos antes do Face. Além disso, havia indicadores. Brasil e Índia registraram, dois anos antes do boom do Facebook, índices altíssimos de frequência nesse site. E quem é Brasil e Índia? Ora, Brasil e Índia é a metade do BRIC! Países que ditam tendências atualmente.

O vacilo do Google foi ter apostado no Docs e no Maps, dois produtos maravilhosos, mas ter deixado de lado a social network. O momento da rede social veio primeiro que o momento do web officing, que eu acho que ainda vem. Se o Google tivesse dado atenção ao Orkut não teria deixado o nome do site de… Orkut!?! O que esse nome significa, meu Deus?

O investimento no Facebook é maciço. (U$ 500 mi, recentemente). O site é ergonômico, rico e simples ao mesmo tempo. As ações de marketing se encaixam bem ao modelo de media e estão amadurecendo. O número de usuários continua crescendo. O tempo de permanecia dele no site é alto. Pessoas compartilham gostos, ideias, atividades. Sopa no mel para os marqueteiros. As coisas funcionam. É o site certo na hora certa.

O Google ainda tentou um folego no Orkut investindo, finalmente, no desenvolvimento do sistema (lembro que o Orkut ficou na versão Beta anos) em 2008-2009, mas já era tarde. O Face já havia decolado.

O fato é que já é passado. O Facebook está aí. Já é a terceira ou quarta empresa no mundo. Está tomando espaço do Google como lugar de navegação. Lugar que antes era ocupado pela página de busca do Google. Uma prova disso é o stream de vídeo do Facebook que cresce mais rápido que os do YouTube. Nos Estados Unidos e na Europa é cada dia mais comum as campanhas publicitárias no Face. Em Portugal, no fim do ano passado, o lançamento do Audi A1 dizia: http://www.facebook.com/audia1. E por aí vai.

A consolidação da rede social tornou o Face o lugar de navegação de um número muito grande de usuários de internet. O fenômeno atual é o da experiência da Web através das lentes (desculpe o trocadilho) do Facebook. A impressão que eu tenho é que, cada vez mais, as experiências na Web convergirão para Facebook.

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A importância da EAP

A Estrutura Analítica de Projetos é ferramenta imprescindível no gerenciamento de projetos. A EAP reúne, em um único documento, aspectos de Escopo, Tempo e Custo. Não apenas reúne, mas promove um melhor planejamento desses aspectos.

O desenvolvimento da EAP é a decomposição do trabalho necessário para a realização de um projeto. O raciocínio é simples, é necessário dividir o projeto em pacote de trabalhos organizados de cima para baixo hierarquicamente. Vejamos o exemplo simplificado da construção de uma casa:

Os pacotes devem ser decompostos até um nível que permita um planejamento mais preciso do trabalho:

Você concorda que é mais fácil estimar o que deve ser feito, o tempo necessário para a execução e os recursos (e custos!) envolvidos em cada pacote de trabalho do que fazê-lo diretamente em relação ao projeto?

Você deverá estimar apenas os pacotes do último nível. O esforço necessário para desenvolver o trabalho no nível acima será dado pela soma dos esforços dos pacotes que o compõem:

E assim sucessivamente até o primeiro nível da EAP, para que possamos ter o esforço total necessário para empreendimento do projeto:

É comum a divisão de um projeto em fases e essa análise pode ser transportada para a EAP. Um modelo bastante comum de EAP é uma decomposição de três níveis. O nível mais abrangente é o projeto. As fases do projeto compreendem o segundo nível e os pacotes de trabalho o terceiro nível:

Não existe limitação quanto aos níveis da EAP. Você precisa decompor o trabalho até um nível que possa fazer uma boa avaliação dos esforços necessários para realizá-lo; todavia, uma EAP com muitos níveis pode acarretar numa EAP de difícil leitura.

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Quebrando a barra de links superior em duas no WSS3.0

Quem mantém através do Windows Sharepoint Services 3.0 um portal  muito grande, com muitos sites incluídos, já deve ter se deparado com esse desafio: como quebrar a Barra de Links Superior em dois níveis?

Claro, se o seu portal tem muitos sites e muitos deles são listados na Barra de Links Superior (Top Link Bar) é natural que o layout do portal se extenda para a direita, na medida em que os sites são incluídos.

Para solucionar esse problema eu recomendo a leitura do artigo do Blog de Jan Tielens. Nesse artigo, Jan ensina como utilizar a biblioteca jQuery para resolver esse problema tão comum:

http://weblogs.asp.net/jan/archive/2009/03/30/breaking-the-wss-top-link-bar-in-two-with-jquery.aspx

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Utilizando Pool de Recursos no MS Project Professional 2007

Introdução

Esse artigo vai tentar explicar como utilizar um pool de recursos em diferentes projetos com MS Project Professional 2007. Esse artigo não trata de utilização de pool de recursos através da solução BPM MS Project Server 2007 e Project Professional 2007, mas sim de como compartilhar os mesmos recursos em diferentes arquivos do MS Project que representam diferentes projetos, stand-allone, numa mesma máquina.

Esse caso pode ser bem comum se você trabalha numa empresa que não possui uma solução BPM mas mantém uma série de projetos que precisam compartilhar recursos e utiliza o MS Project 2007 Professional para auxiliar no gerencimanto desses projetos. Isso é particularmente verdadeiro se você observar as atividades da equipe de gerenciamento de projeto e do próprio gerente de projetos.

Organizado os Arquivos

Vamos começar organizando os arquivos, criando uma pasta exclusiva para os arquivos que vamos utilizar, no caso, eu vou chamá-la de “Projetos”.

O primeiro arquivo que eu vou criar, no MS Project, incluirá os recusos da minha empressa. Eu vou abrir o programa no modo de exibição “Planilha de Recusos” e começar a registrar a equipe. Vou cadastrar quatro nomes e salvar o arquivo como “Pool de recursos.mpp”. Você deverá usar este arquivo para cadastrar os recursos que serão compartilhados pelos projetos.

Criemos então o arquivo do primeiro projeto com algumas atividades. Não nos preocuparemos com os aspectos do gerencimanto do projeto nem com boas práticas em cronogramas. A intensão é apenas demonstrar como compartilhar os recursos em diferentes arquivos.

Nosso projeto terá um pacote de trabalho com apenas três atividades. Vamos chamá-lo de Projeto1, com o Pacote A contendo as tarefas a, b e c. A Tarefa a começa em 15/02 e tem duração de 5 dias com término em 19/02. A Tarefa b dura mais 2 dias, até 23/02 (descontando o final de semana) e a Tarefa c mais 3 de 24/02 a 26/06. Portando, nosso projeto vai de 15 a 26 de fevereiro durando 10 dias.

O segundo projeto do exemplo tem uma estrutura semelhante. Para podermos verificar o efeito do compartilhamento de recursos entre projetos, vamos nos preocupar em criar atividades no Projeto 2 que tenham períodos de trabalho que se sobreponham aos períodos das atividades do Projeto 1.

O cronograma do Projeto 2 conterá  o Pacote B contendo as tarefas d, e e f. A Tarefa d começa em 15/02 e tem duração de 3 dias com término em 17/02. A Tarefa e dura mais 3 dias, até 22/02  e a Tarefa f mais 4 dias de 23/02 a 26/06. Portando, nosso projeto vai de 15 a 26 de fevereiro durando 10 dias.


Atribuindo os Recusos do Poll

Para utilizar o arquivo “Pool de recursos.mpp” ele precisar estar carregado na memória (aberto).

Com o projeto 1 aberto clique em Ferramentas > Compartilhamento de Recursos > Compartilhar Recurso. Uma janela de diálogo irá se apresentar, selecione Usar recursos e no combo De escolha o arquivo onde cadastrou os recursos da empresa, no caso “Pool de recursos.mpp”;

 
No projeto 1, selecione a Tarefa a e clique em Atribuir recursos. Repare que os recursos cadastrados no arquivo de pool estão disponíveis no Projeto 1. Vamos selecionar o Alexandre Wagner e atribuí-lo à atividade.

Façamos a mesma coisa na atividade d do projeto 2. Ou seja, vamos configurar o arquivo para utilizar o pool de recursos e atribuir o Alexandre Wagner à atividade.

 
Verificando a Superalocação no Pool

No exemplo, forçamos uma superalocação do Alexandre Wagner atribuindo-o às atividades a e d que tem períodos concorrentes. Isso pode ser verificado nas exibições e planilhas referentes à recursos disponíveis no MS Project. Vejamos uma exibição composta de Uso dos recursos e Gráfico de recursos.

 
Você pode trabalhar o nivelamento de recursos diretamente nos arquivos do projeto. Não se esqueça de salvar todos os arquivos antes de fechá-los.
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